terça-feira, 3 de maio de 2011

A LITERATURA DO AMANHÃ

Era uma vez uma árvore, uma flor, uma grama, uma fruta,um animal.Sim,ERA uma vez... Agora, ah...não tem nem como começar um conto de fadas.
_Floresta?! O que é isso?
Assim dizem as crianças quando conto a história do Chapeuzinho Vermelho ou qualquer outra.
_Maçã envenenada?! Isso é comum, nem comemos para não morrermos!
É... não consigo contar nada e o pior é que quando falo da Cinderela,sobre lavar o chão,elas dão risada e me perguntam:
_Olha, sei que você é um palhaço, mas desse jeito vou morrer de tanto rir! Hahahahaha, pare!!!
Peço a elas para pararem, mas como? Se hoje nem um palhaço consegue sorrir, quanto mais fazer alguém rir.
Sabe, minha filha e eu passamos o dia contando contos de fadas uns aos outros e também tomando tererê embaixo da minha querida árvore que hoje é um pedaço inútil de madeira. Eu contava a ela a história do Chapeuzinho Vermelho ela sorria e se encantava com isso,mas hoje desacredita que existia uma floresta.Espero que um dia essas histórias possam ser narradas como as originais e não adaptadas,pois hoje contamos assim:
“Era uma vez uma garotinha chamada Chapeuzinho Vermelho, ela recebeu esse nome porque sua avó lhe deu um lindo capuz de cor vermelha.
Um dia,a mãe de Chapeuzinho disse para levar um copo de água para sua avó, pois esta havia ficado doente por infecção renal; sua mãe disse que era para ela ir pelo centro da cidade,pois era perigoso atravessar a avenida porque um homem estava por lá e poderia seqüestra - lá. Chapeuzinho Vermelho se despediu, mas era teimosa e foi pela avenida. Lá, um homem a encontrou e tentou seqüestra - lá só que antes,perguntou:
_Ei, você menininha,aonde vai?
_Vou para casa da minha avó que fica perto de 3 prédios grandes.
_Mas há tantos...-pensou o homem.
_Tchau! Tenho que ir.
E lá se foi ela cantarolando, feliz da vida,mas o homem (que não era burro),foi por um atalho bem curto,foi difícil em meio a tantos prédios,mas ele conseguiu.
Lá na porta da casa,tinha um bilhete avisando que a vovó foi procurar outro lugar para respirar melhor. O homem rasgou o bilhete, entrou na casa, se disfarçou de vovó, deitou na cama e esperou Chapeuzinho Vermelho chegar ali.
_Vovó... que olhos grandes são esses? Que boca grande é essa? Que nariz grande é esse?
_Vovó?! Não respeita sua avó menina?
_Desculpa! Mas... para quê serve essa arma?
_Para te seqüestrar!
Nisso, o homem saltou e tentou pega-la, mas o policial que estava por ali ouviu os gritos e conseguiu prende-lo.
“Todos viveram felizes para sempre”.
Todos me perguntam da avó, mas nem sei se ela encontrou algum lugar para respirar, porque se até hoje,quase ninguém respira,acho que naquele tempo, era quase impossível.
Sinto saudades de quando minha filha dizia:
_Papai, eu sempre vou acreditar em suas histórias!
Tento fazer com que ela volte a acreditar em minhas histórias, ter esperança e acreditar que ainda podemos ter um mundo melhor.
Mas como, se nem eu acredito!!
Autora: Junia Inácio Ribeiro 5º ano/prof. Lólia

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